quinta-feira, 31 de março de 2011

Arte, Sociedades e Valores


Arte,Sociedade e Valores

No dia 30 de março de 2011, no projeto Quarta Cultural, oferecido pelo Conservatório UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), foi exibido um RECITAL DE PIANO, FLAUTA E SAXOFONE.  Sendo Renata Ciccarini a pianista e Marcelo Pereira o responsável pela flauta e o saxofone.
O local era pequeno, portanto logo os lugares para se assentar se esgotaram. Mas isso não impediu que as pessoas que passavam na rua pudessem observar o Recital. Como já esperado todas muito acanhadas, olhavam um pouco e logo saiam, e com elas alguns que estavam assentados, outras caíram no sono durante a apresentação, ou aplaudiram em momentos inadequados.  Mas de tudo o que mais nos intrigou foi o desequilíbrio entre o número de idosos e jovens. Não era difícil de perceber que a maioria das pessoas já havia adquirido terceira idade.
Tentamos entender por que essa diferença no percentual de idosos e jovens. Voltamos então para a criação destes, a sociedade no período de mocidade daquelas pessoas, hoje idosas. Todos nós já ouvimos um dos membros mais velhos de nossas famílias nos contarem a historia das moças que tocavam piano, e as demais pessoas admiravam o som que se podia ouvir na rua. Mesmo que muitos daqueles senhores do recital nunca sequer tocaram em um piano ou qualquer outro instrumento, eles valorizam aqueles que tocam e a melodia, isso por que assim aprenderam quando crianças. Mas na sociedade atual a arte seja qual for sua forma de manifestação, não recebe o valor devido.
A culpa dessa desvalorização absurda da arte vem de um longo processo de desinteresse da sociedade. Não dizemos de forma alguma que será fácil despertar novamente o interesse pela arte, mas se um dia despertou o desinteresse porque agora não poderíamos fazer a ação inversa?
Confessamos que também tínhamos certo preconceito, achávamos que arte era algo muito distante da nossa realidade, no entanto ao desenvolver este projeto percebemos que esta está bem próxima de nós, e é algo do nosso cotidiano, ela esta em toda parte. Parece um pouco clichê, mas é a pura verdade; ARTE É PRA TODOS.
O perfeito tocar dos instrumentos e a mistura de sinfonias transformaram aquele recital em uma obra de arte em nossa concepção maravilhosa. Pena que pouquíssimas pessoas se interessaram em apreciar tal arte, por isso é necessário divulgar, ensinar e mostrar a arte para essa sociedade que apóia sua cultura em revistas de fofoca.